SIGNIFICADOS ASTROLÓGICOS

No mapa astrológico existem 12 casas, umas representam coisas boas e outras representam coisas más. Da mesma forma, a vida é repleta de alegrias e também de tristezas e decepções. Inútil é querer transformar os significados das casas em experiências necessárias à evolução e aprimoramento da alma ou desenvolvimento espiritual, etc. Quem assim classifica é porque não tem as respostas para as questões materiais do mundo.

Vivemos e estamos inseridos em um mundo material. Logicamente, muitos têm as suas crenças, sua fé e querem estar conectados com as forças divinas, porém, para viver precisamos mais do que isso. Temos as nossas necessidades básicas (comer, vestir, nos abrigar, dormir, etc) e as necessidades sociais, de relacionamentos afetivos, sociais e profissionais. Não adianta querer explicar a quem está passando por privações e misérias que ela está em evolução espiritual. O que importa é o “Aqui e o Agora”, e isso inclui, e muito, a questão material em todas as suas formas.

Então essa suposta “iluminação espiritual” que vem sendo colocada por alguns astrólogos, pode produzir duas consequências, ambas nefastas ao ser humano: pode fazer as pessoas simplesmente se resignarem a uma vida miserável, aceitando a vida como um destino já determinado, sem nenhuma perspectiva futura, como também fazer que estas pessoas se considerem apenas como um escolhido de Deus. Todos nós sabemos que Deus não planeja uma vida de sofrimentos para ninguém, Deus é abundância.

Não se pode ignorar os efeitos maléficos de Saturno e Marte, do sol por conjunção e dos nodos. Tentar suavizar seus efeitos, utilizando novas designações, é tapar o sol com a peneira. Alguns astrólogos consideram isso como um caminho politicamente correto e auto-ajuda light. No entanto, quando uma pessoa procura um astrólogo ela quer saber como pode viver melhor, comer melhor, morar melhor, ter um emprego melhor e mais satisfatório, como vai conseguir dinheiro para pagar suas contas e comprar o que seja necessário, e também se divertir, estudar, realizar seus sonhos, seus planos e seus objetivos. Isso é o que faz a vida.

Uma configuração no mapa que significa auto-destruição, loucura, suicídio, vícios e riscos que levam à morte, muitas vezes é relatado por alguns astrólogos como uma conexão espiritual ou mediunidade em que terá falsas impressões, etc., numa tentativa de suavizar para seus clientes algo muito mais grave.

Morte é sinalizada como “transformação”, e o cliente nem supõe que vai passar por uma fase brava de perdas. Sem dúvida, serão situações que irão transformar a vida da pessoa, mas se a pessoa sabe com antecedência que vai ter que lidar com a morte e perdas, em qualquer de suas manifestações, e na maioria dos casos a astrologia tem condições para antecipar isso, a pessoa pode agir rapidamente e reverter essa predisposição ou, pelo menos, se preparar para isso. Por exemplo, se há uma ameaça aos seus bens e dinheiro em conjunto, ele pode realizar uma auditoria ou descobrir alguma movimentação de um sócio ou cônjuge , capaz de causar-lhe um grande prejuízo.

Prisão virou “solidão, isolamento” e o astrólogo não adverte ao cliente que poderá ficar limitado num cárcere, numa cama de hospital ou numa cadeira de rodas. Na melhor das hipóteses, uma leve depressão, ou prefira ficar sozinho, ir para o Himalaia ou fazer uma peregrinação em Santiago de Compostela. No entanto, melhor estar consciente desses efeitos e suas manifestações para primeiro compreender o que acontece consigo. Se o cliente recebe uma orientação correta, ele saberá traçar um caminho melhor para si.

Escravidão, trabalho forçado ou que exige grande esforço, passou a ser sinalizado apenas como "trabalho e disciplina", e o astrólogo não adverte ao cliente que ele terá que enfrentar um trabalho árduo para se sustentar. Pode ser um trabalho que vai exaurir suas forças físicas ou um trabalho realizado em más condições ambientais ou insalubres, e em decorrência lhe causar doenças; ou muito trabalho e má remuneração ou um chefe austero. Dessa forma, de nada adiantará ter disciplina. Ele precisará é de se aperfeiçoar numa profissão, adquirir mais conhecimentos, e assim poderá pleitear um trabalho melhor, numa área em que vai lidar com aquelas mesmas questões, porém sem ser participante ativo dela.

Não adianta querer elevar o nível dos significados planetários, tentando suavizar uma situação. Por mais grave que seja, uma pessoa tem o direito de saber as reais possibilidades do seu mapa, boas e más. É preferível antever as evidentes tendências que responsabilizar-se pela omissão. Por exemplo, se Marte está em más condições, emitindo ou recebendo maus aspectos, é melhor dizer para ao cliente para não provocar e nem aceitar provocações, não reagir brutalmente nas situações, não agir com impulsividade, pois a energia existe e pode levar a maus resultados. Sabendo disso, o cliente pode direcionar essa energia para coisas mais construtivas, por exemplo, se aliando a uma pessoa dinâmica para construir algo ou avaliando melhor as situações antes de agir.

Muitas vezes, o astrólogo ao evitar tocar nas frágeis feridas do mapa, de forma clara e objetiva, estará apenas evitando que uma pessoa possa agir em prol do seu bem estar e interesses. Quem disser que não temos livre arbítrio para viver nossas vidas, está mentindo. Um planeta sinaliza mas não tem o poder absoluto para determinar como iremos viver as suas energias.

Se você tem um limão, você tem duas alternativas:
pode tornar sua vida amarga
ou pode misturar com açúcar e cachaça,
e deliciar uma bela caipirinha...