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janeiro 10, 2012

Orientações astrológicas



Se você tem um limão, você tem duas alternativas:
pode tornar sua vida amarga
ou pode misturar com açúcar e cachaça,
e deliciar uma bela caipirinha...


No mapa astrológico existem 12 casas e a verdade é que umas representam coisas boas e outras representam coisas bem ruins. Da mesma forma, a vida é repleta de alegrias e também de tristezas e decepções. Inútil é querer transformar os significados das casas em experiências necessárias à evolução e aprimoramento da alma ou desenvolvimento espiritual etc. Precisamos mais que isso para as questões materiais do mundo.

Vivemos e estamos inseridos em um mundo material. Logicamente muitos têm as suas crenças, sua fé e querem estar conectados com as forças divinas. Porém para viver precisamos mais do que isso. Temos as nossas necessidades básicas (comer, vestir, nos abrigar, dormir, etc) e as necessidades sociais de relacionamentos afetivos, sociais e profissionais. Não adianta querer explicar a quem está passando por privações e misérias que ela está em evolução espiritual. Evolução é viver em plenitude, com alegria e satisfação, e isso inclui, e muito, a questão material em todas as suas formas.

Então essa suposta “iluminação espiritual” ou dizer que as dificudades podem tornar a pessoa mais evoluída, pode produzir duas consequências, ambas nefastas ao ser humano: pode fazer as pessoas simplesmente se resignarem a uma vida miserável, aceitando a vida como um destino já determinado sem nenhuma perspectiva futura, como também fazer que as pessoas se considerem apenas como um escolhido de Deus. Todos nós sabemos que Deus não planeja uma vida de sofrimentos para ninguém, Deus é abundância e prosperidade.

Não se pode ignorar os efeitos maléficos de Saturno e Marte ou do sol conjunto aos Nodos etc. Tentar suavizar seus efeitos utilizando novas designações é tapar o sol com a peneira, embora alguns considerem isso como um caminho politicamente correto e auto-ajuda light. No entanto, quando uma pessoa busca respostas na astrologia ela quer saber como pode viver melhor, comer melhor, morar melhor, ter um emprego melhor e mais satisfatório, como vai conseguir dinheiro para pagar suas contas no final do mês, comprar o que seja necessário e também se divertir, estudar, realizar seus sonhos, seus planos e seus objetivos. Isso é o que faz a vida.

Uma configuração no mapa que significa auto-destruição, loucura, suicídio, vícios e riscos que levam à morte, muitas vezes é interpretado como conexão espiritual, mediunidade, falsas impressões etc. Não adianta tentarmos suavizar algo muito mais grave.

Morte é sinalizada como “transformação” e a pessoa nem supõe que vai passar por uma fase brava de perdas. Sem dúvida serão situações que irão transformar a vida da pessoa, mas se a pessoa sabe com antecedência que vai ter que lidar com a morte e perdas, em qualquer de suas manifestações, e na maioria dos casos a astrologia tem condições para antecipar isso, a pessoa pode agir rapidamente e reverter essa predisposição ou, pelo menos, se preparar para isso. Por exemplo, se há uma ameaça aos seus bens e dinheiro em conjunto, a pessoa pode realizar uma auditoria ou descobrir alguma movimentação de um sócio ou cônjuge capaz de causar-lhe um grande prejuízo.

Prisão virou “solidão ou isolamento” e muitas vezes a pessoa nem supõe que poderá ficar limitada num cárcere, numa cama de hospital ou numa cadeira de rodas. Na melhor das hipóteses, uma leve depressão ou talvez prefira ficar sozinha, ir para o Himalaia ou fazer uma peregrinação solitária em Santiago de Compostela. No entanto, é melhor estar consciente desses efeitos e suas manifestações para compreender o que acontece consigo. Se uma pessoa recebe uma orientação correta ela saberá traçar um caminho melhor para si.

Escravidão, trabalho forçado ou grande esforço passou a ser sinalizado apenas como "trabalho e disciplina" e a pessoa não se torna ciente de que terá que enfrentar um trabalho árduo para se sustentar. Pode ser um trabalho que vai exaurir suas forças físicas, um trabalho realizado em más condições ambientais ou insalubres e em decorrência lhe causar doenças. Ou que terá muito trabalho, má remuneração ou um chefe austero. Nesse caso de nada adiantará ter disciplina, a pessoa precisará é de se aperfeiçoar numa profissão, adquirir mais conhecimentos e assim poderá pleitear um trabalho melhor, numa área em que pode até lidar com as mesmas questões, porém sem ser participante ativo dela.

Não adianta querer elevar o nível dos significados planetários nas orientações astrológicas tentando suavizar uma situação. Por mais grave que seja, uma pessoa tem o direito de saber as reais possibilidades do seu mapa, boas e más. É preferível antever as evidentes tendências, do que responsabilizar-se pela omissão.

Por exemplo, se Marte está em más condições, emitindo ou recebendo maus aspectos, é melhor que a pessoa saiba que não deve provocar e nem aceitar provocações, não reagir brutalmente nas situações e não agir com impulsividade, pois a energia existe e pode levar a maus resultados. Sabendo disso, a pessoa pode direcionar essa energia para coisas mais construtivas, por exemplo, se aliando a uma pessoa dinâmica para construir algo ou avaliando melhor as situações antes de agir, decidir ou reagir.

Muitas vezes quando evitamos de tocar nas frágeis feridas do mapa, de forma clara e objetiva, estaremos apenas evitando que uma pessoa possa agir em prol do seu bem estar e interesses. Quem disser que não temos livre arbítrio para viver nossas vidas, está mentindo. Um planeta sinaliza, mas não tem o poder absoluto para determinar como iremos viver as suas energias. Se você tem um limão, você tem duas alternativas: pode tornar sua vida amarga ou pode misturar com açucar e cachaça e deliciar uma bela caipirinha...


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